O Musicanto 40 anos foi marcado por momentos de homenagens. A 29ª edição reconheceu toda importância de Luiz Carlos Borges em prol do festival, da música e da cultura, além de valorizar o legado do uruguaio Negro Manolo e do trabalho do advogado Aquiles Giovelli. “É a forma que a 29ª edição do Musicanto encontrou para reconhecer as três personalidades, que têm suas histórias de vida ligadas ao festival. Devemos muito a eles”, justificou.
Na noite do sábado (18 de novembro), o palco do festival recebeu os talentosos Ângelo, Shana, Érlon, Loma e Vinícius se unem para celebrar a incrível carreira desse ícone eterno da nossa cultura. Logo após o Tributo, a família Luiz Carlos Borges recebeu das mãos do presidente Gerson Lauermann um troféu, valorizando o legado deixado. Borges foi o idealizador do Musicanto, junto com Erni Friderich em 1983, dedicou-se de corpo e alma em prol do evento, que colocou Santa Rosa no cenário cultural do Brasil e América. Para a edição deste ano Borges era o presidente de Honra. Ele morreu em maio, aos 70 anos.
O artista plástico gaúcho, Mauro Villa Real, pintou um quadro e entregou aos familiares. “Meu pai tinha o Musicanto e Santa Rosa no coração. Levava isso com muito orgulho. Estamos muito emocionados com todo este trabalho que é realizado em prol do festival, e por valorizar a história do nosso pai. Temos a certeza de que de onde ele estiver, está muito feliz assistindo isso”, agradeceu Andressa Borges, filha.
Palco também recebeu familiares do músico Uruguaio, Negro Manolo, que morreu em março, vítima de câncer. Apaixonado pela cultura gaúcha, ele ganhou projeção quando, em 1984, na 2ª edição, interpretou Vire o Mate, escolhida como a Mais Popular. Para esta edição, a convite de Gerson Lauermann, Manolo fazia parte da Comissão Organizadora do festival, como conselheiro internacional. “Primeiro temos que agradecer a todo o apoio que o Musicanto nos deu durante o processo de doença do nosso pai. Foi um momento difícil para todos, e o presidente Gerson sempre este ao nosso lado. Saliento que o Musicanto foi um divisor de águas na carreira do meu pai. A Música Vira o Mate mudou a nossa vida. Obrigado por tudo isso”, disse Lorena, filha.
O advogado Aquiles Giovelli, que integrou o grupo que criou o festival em 1983, sempre esteve envolvido com a história do Musicanto desde sua essência. Giovelli presidiu quatro edições do festival. “É um honra ter a minha vida ligada ao festival. Lembro de momentos inesquecíveis vividos, de amigos que levamos para a vida, tudo isso conquistado com o Musicanto. Vida longa ao festival”, afirmou.
O 29º Musicanto Sul-americano de Nativismo encerrou na noite do sábado, no centro cívico de Santa Rosa.