O Festival

Conheça nossa história

O Musicanto Sul-Americano de Nativismo nasceu no ano de 1983, idealizado pelo cantor e compositor Luiz Carlos Borges, com o objetivo de promover novos talentos da música popular nativista e gaúcha, contribuindo para divulgar o município de Santa Rosa, pujante na área da agricultura, pecuária, comércio e indústria, conhecido na região pela realização da FENASOJA, uma feira da soja conhecida no estado que iniciou em 1966, sendo a 1ª Festa Nacional da  Soja. Com isso, a intenção era contribuir para divulgar ainda mais o município junto ao estado, além de divulgar a música e as culturas entre os países da América do Sul como: Argentina, Paraguai, Bolívia, Uruguai e Chile.  Com a 1ª edição, o Musicanto Sul-Americano de Nativismo já ganhou destaque nacional, chegando ao cenário musical gaúcho rompendo as nossas fronteiras geográficas e abrangendo toda a América do Sul. Consciente de que o conceito macro de nativismo abarca os vários nativismos que cada pedaço de chão que compõe esse continente, não demorou para ser reconhecido como um dos maiores festivais de composições do estado. Já na sua primeira edição atraiu inúmeros artistas nacionais e de outros países da América do Sul. Desta forma, despertou em torno de si discussões sobre a origem e valorização da música gaúcha, nativista brasileira e sul-americana, abrindo espaços para um amplo debate, resgate e reconhecimento da cultura popular.

O Musicanto ganhou força num momento em que os festivais gaúchos se lançavam a uma forte luta em defesa do nativismo “local”, estimulada pela ameaça de aculturação causada pela aceleração e intensificação dos efeitos da globalização, o Musicanto surge buscando trilhar o caminho do meio. A música (e a cultura como um todo) gaúcha tradicionalista passam, então, a dividir o palco com manifestações culturais de todo o Brasil e de países como a Argentina, Uruguai e Chile. Através do Musicanto, passa a conhecer mais do que é produzido na América do Sul afora ao mesmo tempo em que passa a ecoar-se por outros territórios com suas composições levadas além fronteiras por meio dos artistas que aqui subiram ao palco. Isso quer dizer que a importância deste festival transcende seu caráter de competição. O Musicanto estimula e permite o diálogo entre os diversos ritmos que embalam e ressoam a cultura de toda a extensão deste continente sul-americano. Mais do que isso, em seus palcos e discos temos um rico registro que serve de fonte de conhecimentos nas melodias que compõem uma ação dialética cultural, histórica, sociológica, antropológica entre tantas outras nuances tão importantes quanto estas.

Como vencedora do 1º lugar, na primeira edição do Festival, tivemos a música: No Sangue da Terra Nada Guarani, contando a história dos povos indígenas e sua luta pela terra, despertando o interesse da comunidade escolar pelo estudo dessa temática, que passou a ser obrigatória nas escolas. Assim, no ano de 1994, surge o “Musicanto Vai à Escola”, com o objetivo de difundir entre as comunidades escolares da rede pública e privada esse importante evento, envolvendo as escolas para conhecer um pouco mais as músicas, e culturas que envolvem os países da américa Latina, contribuindo para despertar o desejo por outras culturas e fomentar o interesse dos alunos.